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Projectos

A Justiça: entre o passado e o futuro

Calendarização prevista

2017- 2022

Área Científica

Direito, História e Ciência Política

Investigador Responsável

Isabel Graes

Coordenadora Científica do Projecto

Isabel Graes

 

Protocolo de colaboração no âmbito do projecto de tratamento arquivístico da documentação do fundo do Ministério dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça.

 

Equipa de Investigação

Consultores

António Pedro Barbas Homem (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

Eduardo Vera Cruz Pinto (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

José Sánchez Arcilla-Bernal (Universidad Complutense de Madrid)

Pedro Ortego Gil (Universidad de Santiago de Compostela)

 

Investigadores Principais

Alberto Herranz Torres (Facultad de Derecho, Universidad Complutense de Madrid

e Centro de Enseñanza Superior Cardenal Cisneros, Madrid)

Dirk Heirbaut (Ghent University)

Emilio Javier De Benito Fraile (Universidad Complutense de Madrid)

Georges Martyn (Ghent University)

Isabel Graes (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

Luís Bigotte Chorão (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra)

Maria Dolores Madrid Cruz (Universidad Complutense de Madrid)

Miguel Angel Morales Payán

Pilar Esteves Santa Maria (Universidad Complutense de Madrid)

Susana Garcia León (Universidad Complutense de Madrid)

 

Investigadores Associados

Jorge Testos (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

André Moz Caldas (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

Francisco Rocha (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

 

Investigadores Assistentes

Ana Raquel Nabais Guerrinha (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

Cláudio Thiago Graes Quintas (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

Diogo Filipe dos Santos Castro (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

Margarida Vicente Alecrim (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

João Manuel Andrade Nunes (Faculdade de Direito de Lisboa e THD-ULisboa)

 

Descrição

Quando se pensa constantemente na reforma do mapa judicial e do estatuto da magistratura, ao mesmo tempo que se procuram definir novos contornos para o exercício do direito, rapidamente se verifica que o tema é actual e da maior importância nos quadros da sociedade do início do século XXI. Todavia a compreensão destas matérias não pode ser feita sem que que se tenha presente a evolução das instituições que a compuseram ao longo dos dois últimos séculos.

Objetivos

  1. Compreender a importância do Direito Judiciário e das suas instituições na construção do contemporâneo modelo constitucional português;

  2. Analisar numa perspectiva de direito comparado a situação vivida em Portugal, Espanha e o Brasil;

  3. Recolher, sistematizar e analisar dados jurídicos e não jurídicos;

  4. Realização de duas exposições temáticas;

  5. Proceder à elaboração de uma monografia submetida ao tema;

  6. Compilar, analisar e comentar o Estatuto da Magistratura Judiciária numa perspectiva evolutiva desde o século XIX à actualidade;

  7. Integrar o THD e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no palco de reflexão e debate da questão judiciária no século XXI, promovendo colóquios, mesas-redondas e conferências a nível nacional e internacional;

  8. Publicação de artigos de relevo.

Publicações mais relevantes

 

Isabel Graes, "Um relance histórico sobre a Junta de Justiça de Angra, bosquejo de história judiciária liberal", in Cuadernos del Historia del Derecho, 2011, 18, 333-362, ISSN 1133-7613. 

 

Linha Temática

A Administração da Justiça Portuguesa na Europa e no mundo

 

Coordenadora

Professora Doutora Isabel Graes

Áreas Científicas

Ciência Política | Direito | História

Referência FCT

TL-4843-3000

Projectos

A Justiça: entre o passado e o futuro

 

Descrição da Linha Temática

 

A escolha da linha temática Justiça Portuguesa na Europa e no Mundo integra-se na visão pluridisciplinar e interdisciplinar do direito e prende-se com o carácter indispensável desta investigação temática para o estudo integrado da experiência jurídica portuguesa no território continental europeu e nos territórios que, entre os séculos XV e XX, estiveram sobre administração portuguesa. O estudo da experiência jurídica portuguesa no contexto europeu e colonial ficaria incompleto sem o estudo dos dois domínios correlacionados que permitem a transformação do direito dos textos no direito em acção. Quem administra a justiça? Como se administra a justiça?

 

A linha temática é complexa e conduz a investigação para uma constante correlação histórica interdisciplinar entre o Direito Constitucional Judiciário, o Direito Administrativo Judiciário, a Filosofia do Direito e a História das Ideias Políticas, uma vez que o modelo vigente só poderá ser entendido na medida em que forem analisados com profundidade os seus pilares estruturantes.

 

Estudar o Direito Judiciário português e a administração judiciária portuguesa permitirá conhecer o direito que foi efectivamente aplicado. Interessa juntar à análise omnicompreensiva das fontes de direito a investigação que visa apurar que decisões judiciais foram tomadas, como eram (ou não) fundamentadas, quais os actores judiciários que as aplicavam. A apreciação casuística de decisões judiciais permite aferir em que medida o direito dito pelos juízes coincidia ou se afastava do direito dito pelos jurisprudentes, pelo legislador, pelas comunidades locais, ou seja, aferir com maior precisão qual a relação estabelecida entre o direito judicial e as demais fontes de direito.

 

As assimetrias das estruturas judiciais e mesmo dos regimes aplicáveis eram várias, na medida em que o direito judiciário, maioritariamente uniforme na letra da lei, conheceu variações relevantes na sua implementação no território continental e, sobretudo, nos diferentes territórios ultramarinos sob administração portuguesa. Também aqui se manifesta o carácter simultaneamente global e singular do império português, com a coexistência de diversas formas de governo, alternando a integração das populações originárias desses territórios com o profundo conflito.

 

A investigação específica obrigará à identificação e análise de um número muito considerável de diplomas legais, o mesmo sucedendo com as sentenças de primeira e segunda instâncias e demais despachos de natureza administrativa que puseram em prática o direito substantivo, possibilitando simultaneamente a sua divulgação. A investigação realizada contribuirá muito significativamente para o acervo digital cultura jurídica portuguesa online.

 

Uma vez que se estuda o direito português, que segue uma visão marcadamente “metropolitana” e “eurocêntrica” da problemática regulada, a pesquisa e a análise encarnam inevitavelmente essa mesma linha, com um cariz jurídico, moderno e contemporâneo, português mas, de uma forma mais lata, ocidental. Porém, os investigadores e colaboradores do THD-ULisboa não ignoram a existência de outras historiografias e de outras culturas, pelo que adoptarão uma reflexão mais profunda, liberta dos lugares comuns e politicamente correctos.

 

Esta linha temática liga-se, profundamente, aos modelos de administração nos territórios sobre administração portuguesa, pelo que o THD-ULisboa visa ainda contribuir para a construção de uma historiografia do colonialismo português mais exacta e imparcial, alicerçada na diferença.

Objectivos da Linha Temática

 

A linha de investigação integra essencialmente três objectivos.

 

O primeiro objectivo diz respeito ao desenho e delimitação do mapa judiciário, com as vicissitudes que as diferentes épocas impuseram. O modelo judiciário português não poderá ser descontextualizado das teorias filosóficas europeias e americanas que o foram influenciando, sendo umas integralmente adoptadas, outras adaptadas ao modus vivendi pátrio.

 

O segundo objectivo é a reconstrução do estatuto judiciário, ou seja, o conjunto de preceitos que regulou o exercício da função judiciária daqueles que o personalizaram: por um lado, os magistrados e, por outro, os funcionários. Igualmente importante será o estudo da magistratura do Ministério Público, bem como da função desempenhada por conservadores e advogados.

 

O terceiro objectivo é a análise crítica do conteúdo das decisões judiciais. A administração da justiça integrará sempre uma perspectiva substancial, para que seja possível conhecer que direito era aplicado, que direito era construído, não esquecendo as diferenças territoriais, sociais, culturais e económicas que resultavam quer do decisor, quer sobretudo dos destinatários da decisão. Neste último objectivo é essencial a articulação da análise das decisões como as restantes fontes de direito, numa pesquisa integrada que permita conhecer e dar a conhecer o direito português moderno e contemporâneo de forma integral, rigorosa, dinâmica e multidisciplinar, sempre em contante corelação com a história jurídica europeia e a história jurídica das comunidades de língua portuguesa.

A Justiça, entre o passado e o futuro
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