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Instituto de História do Direito e do Pensamento Político

Clássicos do Pensamento Político em Portugal

 

O Instituto de História do Direito e do Pensamento Político (IHDPP) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa vai reeditar os clássicos do pensamento político português publicados entre os séculos XVI e XX. A colecção, dirigida por Martim de Albuquerque e Pedro Barbas Homem, terá estudos introdutórios em todos os volumes.

 

Publicação

Primores Políticos e Regalias do Nosso Rei, de António de Freitas Africano (1641). Estudo Introdutório de José Adelino Maltez.

 

«Esta obra de António Freitas Africano […] constitui um espaço de transacção entre os bons princípios da neo-escolástica e a conveniência e a oportunidade da política prática.

 

Se, por um lado, enumera as funções ditas soberanas daquilo a que chamamos Estado, a que continua a dar o belo e romano nome de “república”, e não deixa de considerar que esta é feita de cidadãos […], por outro procura justificar o poder estabelecido da monarquia hereditária e católica, numa linguagem de apelo “ao teatro de virtudes de um Príncipe”, de acordo com a técnica escolástica dos regimes de príncipes, sempre em dialéctica com as concorrenciais literaturas da Razão de Estado, que já apontavam para o que viria a ser o absolutismo.

 

[…] A obra é um bom exemplo do teológico – político bem correcto para a época e das circunstâncias portuguesas, ainda indecisas, num discurso oficioso e justificador do poder estabelecido onde os próprios autores são meras vozes que pronunciam comedidamente o cinzentismo da prudências de tal prática regalista em que se iam enredando os sonhos libertadores do 1º de Dezembro.» José Adelino Maltez, in «Estudo Introdutório»

 

Publicação

Verdadeira Razão de Estado, de Alvia de Castro (1616). Estudo Introdutório de Martim de Albuquerque.

 

«Verdadeira Razão de Estado aborda uma questão que é de todos os tempos - a matéria de Estado - e, designadamente, as suas especificidades e autonomia, bem como os seus limites.

 

Para além da carreira militar em que se distinguiu, Fernando Alvia de Castro foi escritor e um "intelectual em acepção ampla - poeta, genealogista, tradutor, autor de diversos livros, coleccionador e senhor de uma biblioteca excepcional". Apesar disso, a sua personalidade e a sua bibliografia, muito conceituadas na época em que viveu, continuam relativamente desconhecidas do nosso tempo, a exemplo do que sucede com muitos outros teóricos do poder no Barroco peninsular. Daí a oportunidade e a utilidade de uma edição actual e comentada desta obra, a mais significativa das que escreveu no capítulo do pensamento político.» Martim de Albuquerque in «Estudo Introdutório»

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